Para os CIOs e outros responsáveis de TI, o planejamento e a execução da transformação digital, juntamente com a colaboração e o storytelling, são aspectos inegociáveis.
Para os CIOs e outros responsáveis de TI, o planejamento e a execução da transformação digital, juntamente com a colaboração e o storytelling, são aspectos inegociáveis.
Os executivos da “vanguarda digital” colaboram com os CxOs para atingir continuamente resultados excelentes a partir dos investimentos digitais. Veja como.
De acordo com a pesquisa sobre CIOs do Gartner para 2025, apenas 48% das iniciativas digitais a nível empresarial atendem ou superam as metas de resultados de negócios. Como os CIOs bem-sucedidos conseguem gerenciar os investimentos em tecnologia e as oportunidades digitais? Integrando a vanguarda digital.
Baixe a Agenda do CIO para 2025 e confira:
O significado de vanguarda digital;
Como os executivos da vanguarda digital têm o dobro de probabilidade de alcançar ou superar os objetivos em comparação aos seus pares;
Quatro principais ações inovadoras de liderança para colocar suas iniciativas de transformação digital em prática.
Os "pioneiros digitais" associam-se com outros CxO para alcançar excelentes resultados de maneira consistente com seus investimentos digitais. Nós te ensinamos como.
Para algumas organizações, será necessário transformar o modelo operacional otimizado para serviços em uma estrutura otimizada para valor. Um modelo operacional de TI (ITOM) otimizado para gerar valor integra parcerias estratégicas entre negócios e TI que impulsionam a estratégia contínua, inovação, governança e execução, ao mesmo tempo que promovem a agilidade empresarial.
O primeiro passo para os CIOs é encontrar um parceiro de negócios disposto a elaborar e colocar em prática um projeto-piloto para demonstrar o valor do ITOM. Os CIOs que tentarem realizar essa transformação sem estabelecer parcerias de negócios fracassarão.
Fase 1: elabore um projeto-piloto convincente
Identifique parceiros que se beneficiarão do novo modelo operacional e que estejam dispostos a adotar outras formas de operação para gerar valor. Juntos, definam o escopo de uma prioridade de negócios importante que possa garantir resultados bem-sucedidos no prazo de um ano com recursos exclusivos.
Os possíveis resultados de negócios são:
Maior agilidade, como ao solucionar um problema complexo ou alcançar um resultado estratégico por meio de novas formas de trabalho;
Maior receita ao adotar novos métodos, como a aplicação do design thinking a uma jornada do cliente;
Maior engajamento do funcionário ao aplicar o design thinking à sua jornada;
Maior motivação, viabilizada por equipes multidisciplinares de estratégias e oportunidades.
Por último, identifique os indicadores de sucesso com o objetivo de obter múltiplos benefícios, ou seja, uma melhor experiência do cliente impulsionará a inovação, a agilidade e as receitas.
Fase 2: implante o projeto-piloto
Forme um grupo dedicado de colaboradores de alto desempenho para garantir que o projeto tenha chances de alcançar o sucesso.
Essas equipes podem incluir um gerente de projetos, funções administrativas e de TI para a implantação, recursos humanos e especialistas. Além disso, devem realizar análises formais dos negócios a cada quatro a oito semanas, juntamente com um gerente de produtos que possa realocar recursos ou resolver problemas das equipes.
Fase 3: promova as próximas etapas
Analise o desempenho do projeto-piloto em relação aos benefícios esperados. Se os objetivos não foram alcançados, ainda assim, identifique os benefícios gerados. Normalmente, tanto os membros da equipe quanto os patrocinadores reconhecerão as vantagens de trabalhar em equipes multidisciplinares de negócios e TI, que incluem inovação e agilidade.
Os resultados do projeto-piloto destacarão os benefícios desse modelo operacional e impulsionarão uma mudança organizacional mais ampla. Antes de propor as próximas etapas, considere opções como ampliar o modelo operacional em uma única linha de negócios ou para toda a empresa.
A meta geral deve ser a transformação organizacional, mas, para gerar frutos, são necessários de quatro a dez anos.
Embora a diretriz técnica que fundamenta a transformação digital de uma organização seja primordial, os CIOs devem explicar os elementos que compõem a narrativa da transformação para uma ampla variedade de públicos, inclusive sem conhecimento técnico.
Para avaliar se a proposta de transformação está pronta para ser compartilhada, responda a estas perguntas:
Em que a organização está se transformando, por que e quando?
Você pode compartilhar sua visão e objetivo final em menos de dois minutos?
Como explicar sem recorrer a um jargão corporativo?
Sua narrativa é compreensível e motivacional?
Como medir o impacto e o progresso de uma forma relevante e prática?
Se você não for capaz de respondê-las, reveja sua narrativa. Sem uma proposta clara e convincente, os CIOs correm o risco de enfrentar falta de engajamento e interesse.
Por outro laodo, se você conseguir respondê-las, defina:
Etapa 1: qual proposta você está apresentando?
A proposta da transformação evoluirá com a sua organização. No início, concentre-se no propósito da transformação, na visão do resultado final, nas etapas a serem seguidas e no valor agregado. À medida que a transformação avança, priorize as atualizações sobre os marcos alcançados, eventuais valores cumulativos, as próximas etapas do processo e um cronograma para atingir esse objetivo.
Ocasionalmente, serão incluídas falhas que precisam de correção. A meta geral é elaborar uma única narrativa consistente que possa se adaptar de acordo com cada fase.
Etapa 2: você conhece o seu público?
A prioridade máxima deve ser o valor agregado para o público, não a tecnologia. Lembre-se de que esse valor poderá mudar dependendo das pessoas reunidas. Por exemplo, a equipe jurídica se preocupará com o risco, a equipe de finanças, com o custo, e a de vendas, com a agilidade.
Etapa 3: qual é a sua medida de sucesso?
Pense nos principais resultados que a transformação digital alcançará. Por exemplo, se o foco da organização for a diferenciação, a hiperpersonalização poderá ser uma proposta de valor digitalmente redefinida. As métricas orientadas a resultados (ODMs) aperfeiçoarão a narrativa e destacarão o valor dos esforços de transformação.
Em um projeto de longo prazo como a transformação digital, é importante estabelecer “marcos” que dividam uma transformação de 20 anos em componentes mais curtos e compreensíveis. Por exemplo, nos próximos três meses, a organização priorizará casos de uso de fábrica inteligente.
Etapa 4: Como a sua história está estruturada?
Demora menos de 30 minutos para que o público confirme e tire conclusões duradouras sobre quem está contando a história, a própria narrativa e a relevância do conteúdo. A estratégia é continuar priorizando os benefícios e elaborar uma história que se baseie na conhecida estrutura “de, para, porque”. Para tanto, use construções como “de X a X” que ressaltam o crescimento e a transformação de uma organização.
Entre os líderes de estratégia, 79% esperam que seus modelos de negócio mudem radicalmente em decorrência das tecnologias digitais. Os modelos de negócio digital refletem como uma organização cria, entrega e capta valor com base em quatro dimensões-chave:
Propostas de valor. O valor que os clientes obtêm de um produto ou serviço;
Clientes. O segmento de clientes atendido pelo produto ou serviço;
Capacidades. Os ativos físicos e digitais, as pessoas, a cultura, as fontes de informação e os parceiros estratégicos que entregam a proposta de valor;
Porém, poucas organizações realizam avaliações do modelo de negócios como uma prática regular da gestão. Na verdade, observa-se o contrário, já que elas aguardam a imposição da mudança como consequência de grandes mudanças econômicas ou concorrentes disruptivos.
No contexto da transformação digital, é recomendável realizar uma análise do modelo de negócios para identificar pontos fortes, deficiências e oportunidades, considerando, em seguida, estratégias mais eficazes para agregar valor.
Como parte da análise, avalie lacunas no modelo de negócios existente em mercados centrais e secundários, bem como mudanças ambientais que provavelmente acarretarão grandes transformações na indústria. Priorize também as oportunidades mais promissoras para desenvolver capacidades futuras, utilizar ativos da corporação ou criar recursos tecnológicos.
Confira estes exemplos de modelos de negócio digital que poderão permitir à organização tirar proveito de fontes identificadas de valor:
Modelo de assinatura
Componha uma base de clientes recorrentes ao cobrar uma taxa de assinatura pela continuidade de acesso a um produto ou serviço que é tradicionalmente comprado ad hoc (como Netflix, Ipsy, Dollar Shave Club).
Modelo “Razor and Blades”
Venda o produto básico a baixo custo enquanto comercializa acessórios ou componentes complementares com uma margem mais alta (como Amazon Kindle, Nespresso, Sony PlayStation).
Modelo de ecossistema
Venda um pacote de produtos e serviços interconectados e interdependentes que aumentam de valor conforme mais participantes (compradores e vendedores) se interessam por eles (como Apple, Google, Samsung e as comunidades de desenvolvedores de seus aplicativos).
Modelo de acesso em vez de propriedade
Forneça acesso temporário a bens ou serviços para participantes na economia de locação e compartilhamento (como Airbnb, Spinlister).
Modelo gratuito
Forneça um produto ou serviço gratuitamente e gere receita ao monetizar os dados dos usuários por meio de anúncios e insights (como Facebook, Google, Snap Inc.).
Modelo freemium
Forneça a versão básica de um produto ou serviço gratuitamente e cobre os usuários por recursos avançados (como LinkedIn, Dropbox, Hootsuite, AWS).
Modelo de digitalização
Ofereça um produto tradicionalmente físico em um formato digital (como Spotify, Wikipedia).
Modelo de servicização
Transforme o produto em um serviço e/ou venda serviços contínuos além do produto principal (como Salesforce, Microsoft).
Modelo de varejista online
Venda produtos ou serviços diretamente para os clientes somente através de um canal digital (como Shutterfly, Ally Bank, Asos, Shopify).
Modelo de marketplace
Reúna compradores e vendedores em troca de uma taxa ou comissão por transação (como Amazon, Uber, Airbnb).
Modelo de fornecedor personalizado
Desenvolva, elabore e distribua produtos e serviços personalizados (como Shutterfly, Skin Inc.).
Modelo de gamificação
Use a mecânica dos jogos e o design de experiências para gerar engajamento digital entre os clientes (como Fitbit)
Para que a transformação digital do seu negócio tenha sucesso, é necessária uma mentalidade mais ágil, já que os modelos tradicionais muitas vezes sufocam as iniciativas digitais. Um quadro de gestão de programas adaptável permite que as equipes de execução gerenciem o planejamento e o controle da transformação e, ao mesmo tempo, priorizem a rapidez e a adaptabilidade.
Organize as iniciativas prioritárias e estabeleça a sequência em que serão realizadas. Indique até onde e com que rapidez sua empresa pode avançar. Para fazer isso, conheça o ambiente, obtenha apoio para o programa, defina um quadro de governança do programa e determine a estrutura da autoridade de delegação financeira (FDA, na sigla em inglês) para a transformação;
Crie/desenvolva a transformação ou conclua a iniciativa através de uma série de iterações lideradas pelos responsáveis do programa e pelos responsáveis do projeto, nas quais avaliem o risco do programa, revisem sua supervisão e a avaliação das iniciativas e ajustem as medidas preditivas;
Integre a mudança na organização com cada iteração de criação/desenvolvimento para assegurar sua adoção e o sucesso total do programa. Para isso, revise a estratégia e os planos de gestão da mudança, monitore o desempenho da empresa e transfira os serviços para novos fornecedores de serviços, se necessário.
Tome nota do que funcionou e do que precisa de ajustes. Modifique os planos ou os resultados conforme necessário. Descubra novas oportunidades de desenvolvimento e melhoria, e estabeleça objetivos para aproveitá-las.
Hung LeHong, vice-presidente analista emérito do Gartner, esclarece: raramente sua empresa precisará ser 100% digital.
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Digital é a representação de itens físicos ou atividades por meio de código binário. Quando utilizado como adjetivo, descreve o uso prevalente das tecnologias digitais de ponta para otimizar processos organizacionais, aprimorar as interações entre pessoas e organizações ou viabilizar novos modelos de negócios.
Digitização (e não digitalização) é a transformação do formato analógico em digital, também denominada viabilização digital. Resumindo, a digitização transforma um processo analógico em formato digital sem realizar nenhuma outra alteração.
Digitalização (e não digitização) é o uso de tecnologias digitais para alterar um modelo de negócios e fornecer novas oportunidades de receita e geração de valor; é o processo de migração para um negócio digital.
Otimização digital é a utilização da tecnologia digital para aprimorar processos operacionais e modelos de negócios existentes.
Negócio digital é a criação de novos desenhos de negócios ao fundir os mundos digital e físico.
Transformação digital pode se referir a diversos aspectos, como modernização de TI (por exemplo, computação na nuvem), otimização digital e criação de novos modelos de negócio digital. Em organizações do setor público, a transformação digital normalmente se refere a iniciativas modestas, como a disponibilização de serviços online ou a modernização de estruturas existentes em iniciativas para tornar o governo digital. (Assemelha-se mais à “digitização” ou “otimização digital” do que à “transformação digital dos negócios”)
Transformação digital dos negócios é a utilização de tecnologias digitais e recursos de suporte para criar um novo modelo robusto de negócio digital.
O comércio digital permite aos consumidores comprar bens e serviços por meio de uma experiência interativa de autoatendimento. Abrange as pessoas, os processos e as tecnologias para viabilizar a oferta do conteúdo de desenvolvimento, a análise, a promoção e os preços, além da aquisição, retenção e experiência do cliente em todos os pontos ao longo de sua jornada de compra.