6 modos pelos quais o local de trabalho mudará nos próximos dez anos

6 de julho de 2022

Elaborado por: Jordan Turner

Tendências sociais, digitais e tecnológicas ditarão o futuro.

As tendências atuais nos negócios e na tecnologia mostram que o modo como os funcionários trabalham (onde, quando, por que e com quem) mudou e continuará mudando ao longo da próxima década, tendo pouca semelhança com o trabalho como ele é hoje. A seguir, apresentamos seis ideias sobre o futuro do trabalho e como as organizações pode se preparar para encará-lo. 

Como o local de trabalho mudará nos próximos dez anos:

1: A gestão intermediária terá outras responsabilidades

Hoje, os gestores devem se deparar com novas realidades. As turbulências sociais e políticas, a fusão entre trabalho e vida pessoal, além da modalidade do trabalho híbrido, acrescentaram uma nova camada de complexidade (e pressão) aos seus cargos. Muitos funcionários estão atuando em um mundo híbrido com mais opções em relação a onde, quando e quanto eles trabalham. 

Além disso, as responsabilidades dos gestores, bem como o número de trabalhadores que se reportam a eles, dispararam, dificultando ainda mais a prestação de assistência prática. 

Tradicionalmente, o sucesso administrativo baseava-se na capacidade de gerenciar e avaliar o desempenho dos funcionários. Não é mais assim. Os executivos de RH irão contratar e desenvolver gestores preparados para atuar com empatia, além de serem ótimos coaches e instrutores. 

2: O aprimoramento de habilidades e a destreza digital serão mais valorizados do que a carreira e a experiência

No futuro, o trabalho mais valorizado será de natureza cognitiva. Os funcionários terão de aplicar a criatividade, o pensamento crítico e constante crescimento em habilidades digitais para resolver problemas complexos. A economia digital exige novas ideias, informações e modelos de negócios que se expandam, se integrem e se transformem em novos empreendimentos continuamente. Os funcionários devem atualizar consistentemente sua destreza digital para atender a essas necessidades.

O RH terá de estabelecer e promover um ambiente de aprendizagem contínua, ou seja, a aquisição de conhecimento e a transparência na organização passarão a fazer parte das operações diárias. 

3: A coleta de dados dos funcionários será ampliada

O trabalho híbrido despertou um interesse maior em relação ao monitoramento da produtividade no local de trabalho e do bem-estar dos funcionários. Uma análise realizada pela Gartner mostra que 16% dos empregadores estão usando tecnologias com mais frequência para monitorar seus funcionários por meio de métodos como entrada e saída virtuais, rastreamento do uso do computador de trabalho e monitoramento de e-mails ou comunicações/bate-papos internos dos funcionários.

Enquanto algumas empresas monitoram a produtividade, outras concentram-se no engajamento dos funcionários e no bem-estar para entender melhor a experiência dos funcionários.

A tecnologia avaliará quando as pessoas trabalharam demais e quando precisam recarregar as energias com o monitoramento de seus biorritmos, requisitos nutricionais e necessidades de exercícios. Os líderes utilizarão a tecnologia e as informações para promover um local de trabalho híbrido que englobe os estilos laborais de todos os funcionários, não apenas daqueles que são empregados fixos ou que tenham habilidades digitais robustas. 

4: Máquinas inteligentes serão nossas colegas

As máquinas inteligentes estão se tornando cada vez mais espertas e onipresentes, não apenas realizando tarefas antes reservadas aos seres humanos, mas também desempenhando o que era considerado impossível para tais máquinas.

As empresas começarão a ampliar as funções de máquinas, softwares, aplicativos e avatares inteligentes. Os funcionários desenvolverão conjunto de ferramentas pessoais de clones (contrapartes) virtuais com a ajuda de softwares e dispositivos de inteligência artificial (IA) que são mais acessíveis às suas atividades pessoais ou em equipe. Além disso, eles terão a capacidade de carregar seus locais de trabalho pessoais para todos os lugares, usando comunidades na nuvem, aplicativos abertos e assistentes pessoais virtuais.

A extrema destreza digital será, em última análise, o modus operandi do trabalho dos funcionários. O aumento das demandas referentes a um local de trabalho mais automatizado inflamou a combinação explosiva formada pelas pessoas e pela tecnologia. Líderes proativos devem analisar como o uso regular de IA, softwares inteligentes e robôs fortalecerão a estratégia laboral.

Para obter vantagem competitiva e elevar o patamar da extrema destreza digital, os funcionários com alto desempenho devem ser incentivados a criar e compartilhar ferramentas de IA ou portfólios personalizados de aplicativos, ferramentas e tecnologia inteligente.

 

5: Trabalharemos com propósito e paixão, não apenas por dinheiro

Os funcionários querem imprimir um impacto social relevante e eles farão isso mais cedo em suas vidas, em vez de aguardar a aposentadoria.

As pessoas buscarão oportunidades proativamente para vincular seu impacto e o valor em seu trabalho à sua missão, ao seu propósito e às suas paixões. A visualização das postagens de outras pessoas nas redes sociais motivará os funcionários a se envolverem mais e a contribuir com a inovação e justiça sociais.

Empresas inteligentes se tornarão mais atraentes não apenas por pagarem salários mais altos, mas também por oferecerem aos funcionários uma oportunidade de causar um impacto relevante. Elabore uma mensagem que ressoe e que impulsione o engajamento por meio da criação de iniciativas para os funcionários compartilharem histórias, experiências e sucessos pessoais em várias causas sociais.

6: O equilíbrio entre vida pessoal e trabalho remoto será desafiador

Funcionários que trabalham de forma independente ou em locais remotos enfrentarão um dilema: para aprimorar suas habilidades e gerenciar os projetos de modo mais eficiente, eles assumirão mais atribuições, possivelmente tendo a sensação de que estão trabalhando o tempo todo. Em consequência, alcançar um equilíbrio entre vida pessoal e profissional não será mais suficiente; os funcionários terão de se esforçar para priorizar a vida em relação ao trabalho.

Mas há aspectos negativos nesse equilíbrio. À medida que a tecnologia elimina a distância entre as pessoas geograficamente separadas, ela cria brechas em relacionamentos e culturas. Com a distribuição remota do trabalho, muitos funcionários não estabelecerão relacionamentos sociais no ambiente laboral, levando ao desinteresse e solidão.

Diretores executivos e líderes de RH devem trabalhar em conjunto para assegurar que o equilíbrio entre vida pessoal e profissional seja favorável para cada funcionário à medida que mudam a distribuição do trabalho, tempo e os estágios da vida. A capacidade de visualizar um pouco do futuro fará com que o trabalho dos líderes de RH seja infinitamente mais fácil.

Resumo:

  • A pandemia antecipou o futuro do trabalho para a atualidade e os novos arranjos que estabelecemos em meio à crise se tornaram nosso próximo normal; 

  • Proporcionar um local de trabalho inovador, inclusivo e perspicaz exige uma estratégia que permita repensar como o trabalho é realizado;

  • Considere estas seis ideias sobre o futuro do trabalho e como as organizações pode se preparar para encará-lo.

Este artigo foi atualizado a partir da publicação original de 2019 para refletir novos eventos, condições e pesquisas.

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